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MORTOS E VIVOS

O corpo no esquife faz
lembrar que as pessoas mortas
parecem vazias,
como se sentissem falta de algo,
seja da alma onde sobra apenas
o corpo,
ou do corpo de alma renegada,
sem vida e abandonada.

Morrer não é possível quando
já se está morto;
e aos mortos não é dado o
direito à vida, se Deus
não os regenerar.

Se o velho não se fizer novo,
e não for enterrado
eternamente,
o morto não pode ressurgir,
pois Deus é dos vivos,
enquanto os mortos, 
não ganham vida.



PERDAS E GANHOS

Que se viva como um eleito,
co-herdeiro de Cristo,
e a segurança: o estímulo ao trabalho,
não a aposentadoria compulsória,
na morte prematura de quem 
negligencia-a e não foi escolhido.

Pois se esperam coisas melhores,
que acompanhem a salvação,
na obra inesquecivelmente realizada
e nos dada por amor de seu nome.

Sempre incapaz de produzir a
nova natureza e semelhança,
que não depende de esforços,
ou da vontade, dom, exercício,
se ele não a fizer, nada que se
faça resultará no bem pretendido.

A minha graça te basta,
o meu poder se aperfeiçoa na
fraqueza, seja então eu fraco
para o seu poder em mim habitar,
e a sua vontade prevaleça.

As perdas são precisas,
que eu diminua e ele cresça,
por que se os atrativos do mundo
não forem abandonados e esquecidos,
as promessas são para os outros,
não são minhas, nem delas participo,
nem o verei como é.

Considerei tudo como esterco,
para quando se manifestar,
ser como ele,
predestinado à herança de me conformar
à imagem do primogênito de muitos,
e ganhá-lo pelo que se perdeu
definitivamente.