O homem se debate e bate
pela ciência e não-ciência,
andando em círculos nos
problemas, que volta e meia
retornam, como placebo ineficaz
para a morte sem solução.
Não, os peritos obstinados não sabem,
não há unidade sem padrão,
nem descoberta sem valores fixos,
e nas contingências ambientais desejadas,
o homem é destituído de quilate
como qualquer animal domesticado.
Sem o contato com a realidade,
é-se transportado para um mundo
paralelo, onde a fronteira última
não é a verdade mas a refletida
obscuridade dos efeitos irreais,
onde o resultado a qualquer custo
é o caminho transtornado do
homem endeusado, sem cura.
O homem do homem está perdido.
E somente por Deus pode ser achado.
Porque o homem de Deus está
preparado adequadamente,
no alívio do padrão divino de
santidade, em que as sombras
são quebradas pela luz, como
cacos reconstruídos à sua imagem.
O templo de angústia,
como fumaça, se dissipou.
E as relíquias, destruídas.
O homem reformado,
vaso em molde novo,
é como curva regenerada,
linear, não se quebra jamais.
ANULAR
Quem inventou o medo,
não desmaiou outra vez,
nem se incomodou que a loucura
o interrompesse,
enquanto tomava o café da manhã
fumegante,
e partia os ovos levemente duros.
Por sorte
ninguém o esperou até agora,
então se correr com as ataduras
soltas, cuidado!
Pode-se cair, e quebrar o pescoço.
É como soluço em copo d'água,
esconderijo em praça pública,
o rigor das respostas às perguntas
malfadadas,
correr-se o risco dos pensamentos
fragmentados,
na medida dos erros exatos,
na obstinação mais próxima da
refrescante ignorância.
Para que o corpo seja entregue,
e aqui enterrado com todas as
honras.
E não se negue o contado,
porque sempre haverá mais
alguém, em última instância,
a recusar o tempo.
Depois de tudo,
sabe-se pouco,
porém a ignorância não será eterna.
Por isso, espera-se tal qual os
indicados,
que as explicações anuladas
não resistam à última palavra
predita.
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