As palavras correm desavisadas,
como se fossem águas
incontidas,
a rodear uma cidade indigente,
por cujos lábios é hostilizada.
Andam errantes de manhã à
noite,
olhos atentos e ouvidos
moucos,
uma víbora que cerra os
dentes
e carrega os encantos
digestivos.
Não se coram na violência,
nem se purgam nas sombras,
têm a alma em sustenido,
presa ao lamento dos homens.