RUMORES
Como deixar a data passar em branco
E celebrá-la secretamente, se o súbito desaparecer
Não pode passar silencioso?
O horror é o mais alto nível da restrita intimidade
Onde parentes e amigos bem humorados
Plantam rumores infundados de que
Recusar qualquer solenidade é recorrer
À opereta desnecessária.
Servidos em bandejas de prata
A vontade a ignorar-se evidentemente
Na meia-hora a perder-se os sentidos
Perante o acidente desprevenido, sem que
Haja nenhum socorro aos que nunca poderiam ser curados.
Não compreender a gravidade
Embora os dias não chegassem,
E às cinco da tarde levou três horas para reagir
Após a aguda voz desafinada
Não carregar qualquer ofensividade,
Apenas o desenrolar previsto de se
Escusar a morte fragilmente demasiada.
Sem dúvida a real situação significava todas as lacunas.
Os melhores votos de saúde
Longos anos de trabalhos forçados
Não afastaram o pulso desacelerado
Nem as extremidades azuis, ou
Os vômitos incontroláveis.
O estado geral permanentemente grave
Próximo do triste fim.
Rosas eloquentes são menos importantes que
Livros em branco,
Menos ainda que a história de ninguém
Mencionada em lugar algum,
Como a guerra sem condecorações
Requerimentos sem explicações
Distinções canceladas
O melhor descuido: a não
Publicada biografia em detalhes.
Nunca levou o nome de algum deles.
Os méritos estão sem destaque
Ao passo que todos os outros depõem
misteriosos,
Como se oficialmente a ausência não fosse
negada.
Apesar de tudo, os
Cuidados possíveis de se
Submeter às recusas reiteradas
Escondidas entre palavras sofridas
Entre conteiners de cinzas sinceras e rebuscadas
Nos fundos secretos de pessoas indesejáveis.
As velhas não foram fuziladas,
Simplesmente não existiram.
Uma única palavra não revelava a
Saudação calorosa.
A vela não comemora
Os rumores jamais desmentidos.