Quem inventou o medo,
não desmaiou outra vez,
nem se incomodou que a loucura
o interrompesse,
enquanto tomava o café da manhã
fumegante,
e partia os ovos levemente duros.
Por sorte
ninguém o esperou até agora,
então se correr com as ataduras
soltas, cuidado!
Pode-se cair, e quebrar o pescoço.
É como soluço em copo d'água,
esconderijo em praça pública,
o rigor das respostas às perguntas
malfadadas,
correr-se o risco dos pensamentos
fragmentados,
na medida dos erros exatos,
na obstinação mais próxima da
refrescante ignorância.
Para que o corpo seja entregue,
e aqui enterrado com todas as
honras.
E não se negue o contado,
porque sempre haverá mais
alguém, em última instância,
a recusar o tempo.
Depois de tudo,
sabe-se pouco,
porém a ignorância não será eterna.
Por isso, espera-se tal qual os
indicados,
que as explicações anuladas
não resistam à última palavra
predita.